Aumento do IOF em 2025: Entenda as Novas Alíquotas e Seus Impactos
29 de maio de 2025
Principais Mudanças nas Alíquotas do IOF!

Em 22 de maio de 2025, o governo federal anunciou um aumento significativo nas alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) como parte de um pacote fiscal para fortalecer a arrecadação pública. A medida, que visa gerar R$ 20,5 bilhões ainda neste ano, inclui ajustes em diversas modalidades de operações financeiras, como câmbio, crédito, seguros e investimentos internacionais.
🔍 Principais Mudanças nas Alíquotas do IOFPara EmpresasOperações de Crédito (exceto Simples Nacional):
Alíquota na contratação: de 0,38% para 0,95%
Adicional diário: 0,0082% ao dia
Empresas do Simples Nacional:
Alíquota na contratação: mantida em 0,38%
Adicional diário: 0,00274% ao dia
Cooperativas de Crédito (acima de R$ 100 milhões/ano):
Alíquota anual: de 0% para 3,95%
Redução do conceito de curto prazo:
De 1.080 para 360 dias, impactando a tributação de empréstimos.
Para Pessoas FísicasCartões de Crédito e Débito Internacionais:
Alíquota: de 3,38% para 3,5% por operação
Compra de Moeda Estrangeira e Remessas ao Exterior:
Alíquota: de 1,1% para 3,5%
Planos de Previdência Privada (VGBL) com Aportes Mensais Acima de R$ 50 mil:
Nova alíquota: 5%
🔄 Recuo Parcial Após Repercussão NegativaUma das medidas mais controversas, o aumento de 0% para 3,5% no IOF sobre aplicações de fundos brasileiros no exterior, foi revogada menos de 24 horas após o anúncio devido à forte pressão do mercado e de lideranças econômicas.
📉 Impactos do Aumento do IOF para Pessoas Físicas e Empresas👤 Pessoas Físicas: Mais Custos no Dia a DiaCartão de crédito internacional: Compras no exterior ou em plataformas estrangeiras estão mais caras.
Compra de moeda estrangeira: Aumenta o custo para viagens internacionais.
Empréstimos pessoais: Ficam mais caros, especialmente para quem tem menor poder aquisitivo.
Previdência privada: A nova alíquota de 5% sobre aportes maiores reduz a atratividade do investimento.
Resultado prático:
Menor poder de compra no exterior
Maior custo em operações financeiras
Redução no incentivo a investimentos e poupança
💼 Empresas: Crédito Mais Caro e Menor CompetitividadeCrédito mais caro: Aumento direto nos custos de capital de giro e investimentos.
Câmbio e remessas: Operar com o exterior ficou mais oneroso, reduzindo competitividade.
Planejamento financeiro afetado: A mudança nas regras e a instabilidade prejudicam a previsibilidade econômica.
Setor cooperativo impactado: Tributação de 3,95% para grandes cooperativas muda o jogo para financiamentos alternativos.
Resultado prático:
Dificuldade maior para investir e expandir
Aumento do custo de produção e logística
Menor atratividade para investidores internacionais
🏛️ Considerações PolíticasO ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o pacote foi discutido com o presidente Lula e visa evitar desequilíbrios fiscais. A pressa na revisão do IOF sobre investimentos no exterior demonstra a preocupação com a confiança do mercado.
📅 ConclusãoAs novas alíquotas do IOF representam uma tentativa do governo de reforçar o caixa público, mas colocam pressão sobre famílias e empresas. Em tempos de juros altos e crescimento moderado, o aumento do custo do crédito e da intermediação financeira pode retardar o consumo e os investimentos.
Para pessoas físicas, o impacto será sentido nas viagens, no cartão de crédito internacional e no acesso a empréstimos. Para empresas, o efeito é ainda mais amplo, afetando o planejamento, o custo do capital e a competitividade global.
Fique atento às mudanças e reavalie seus planos financeiros para se adaptar a esse novo cenário.

📢 Reforma Tributária e a Nova Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) – O que muda a partir de 2026 A partir de 1º de janeiro de 2026, o Brasil começa a mudar a forma como cobra impostos sobre o consumo. Entrará em vigor o IVA dual, que é um imposto dividido em duas partes: IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) – vai juntar o ICMS e o ISS. CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) – vai juntar o PIS e a Cofins. Para que isso funcione, a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) vai mudar. Ela terá novos campos para informar o IBS e o CBS. Quem não se adaptar não vai conseguir emitir notas e, portanto, não vai conseguir faturar. Quem vai precisar se adaptar primeiro: Empresas do regime normal e do Simples Nacional com receita anual acima de R$ 3,6 milhões → já em 2026. Microempresas e MEIs → só em 2027. O que muda na prática: De 2026 a 2032 teremos um período de transição: os impostos antigos (ICMS, ISS, IPI, PIS, Cofins) vão funcionar junto com os novos (IBS e CBS). As NF-es terão campos diferentes, mudanças no DANFE e ajustes na escrituração fiscal digital. Vai existir um sistema de “apuração assistida”, onde o governo mostra o cálculo dos impostos e a empresa confere antes de pagar, evitando erros e multas. Por que é importante se preparar agora: O governo já está testando o sistema com algumas empresas desde julho de 2025. Quem investir em tecnologia, treinar a equipe e ajustar processos antes, terá mais facilidade e menos riscos quando a mudança começar.